domingo, 18 de abril de 2010

Bússola da vida


A vida é cheia de situações que nos levam a tomar decisões. Sobre elas, existem algumas coisas que eu aprendi: A primeira é que elas são intransferíveis, ninguém pode toma-las por você. A segunda é que elas são inevitáveis, o fato de você achar que não está decidindo algo, já é tomar uma decisão. A terceira é que a maioria delas são irrevogáveis, a partir do momento que você as tomou, não se pode voltar atrás. E a quarta, por fim, é que elas são como coordenadas em uma bússola.

As coordenadas que damos em uma bússola, são o que define para onde a seta da bússola irá apontar, ou seja, é o que define para onde o nosso barco irá navegar. E as nossas decisões são as coordenadas da bússola da nossa vida. Se você está em meio a uma tempestade, querido, pode apostar que foi você quem escolheu as coordenadas que o fizeram parar em meio a essa confusão.

Nossas decisões e as consequências que elas trarão, são o que nos torna o que somos. Se você é alguém impulsivo, provavelmente tomará decisões impensadas, logo, seu barco vai se perder na correnteza sem lugar para chegar. Se você é alguém teimoso e decide fazer algo, mesmo sabendo que não te fará bem, cedo ou tarde, seu barco irá colidir com as ondas.

Daqui a 10 anos, você tem noção de que lugar seu barco terá te levado? Seja para onde for, as coordenadas de onde estaremos no futuro terão que ser escritas no presente. Nossas decisões de agora, trarão uma reação mais tarde. Eu posso não saber de muitas coisas, mas sei onde eu desejo estar daqui a 10 anos e também quem eu quero ser, porém, para poder alcançar esse alvo, é necessário começar a escrever as coordenadas hoje. E reescrever essas coordenadas todos os dias, porque, de vez enquando, vem as ventanias que podem alterar o curso do nosso barco, por isso precisamos estar sempre vigilantes na bússola da nossa vida.

Alegria sempre, é assim que navego. De olho na minha bússola, tentando não errar as coordenadas e atenta para as ventanias. Cada dia é uma dádiva, é claro que as tempestades virão, mas fique firme, logo o brilho do sol aparece para nos aquecer, anunciando a esperança de um novo dia.

sábado, 17 de abril de 2010

Respiração


Engraçado como cada dia que passa, é totalmente diferente do anterior. Os dias são únicos, os momentos também. Mas existem certos dias que nos deixam muito reflexivos sobre tudo. São nesses dias, que me dou conta de que não sou eterna, não sou permanente e muito menos autosuficiente.

E que cada respiração é uma segunda chance.

Respiração. As vezes, não nos damos conta da dádiva que é estarmos respirando nesse instante, supondo, é claro, que você esteja vivo, já que está me lendo. Existem pessoas que passam a vida inteira buscando coisas sem nem saber porque, fazendo loucuras para se sentirem vivos, mas porque? Não é preciso. Você está respirando, querido(a), hoje pela manhã, enquanto várias pessoas no mundo não acordaram, você ganhou mais um dia.

Ainda há aqueles que caem na besteira de tentar viver sobre o padrão de vida mais ridículo que existe, aquele do "deixa a vida me levar". A vida é um grande livro, escrito com caneta permanente, não se pode escreve-la sem calcular a o efeito que determinada frase trará no futuro, isso é bobagem. É olhar para sua vida, daqui a 60 anos e descobrir que ela não valeu de nada.

Como você deseja ser lembrado? Sua família e amigos podem até lembrar de vocês, mas quando eles se forem também, cedo ou tarde, seu nome será esquecido. Será que sua existência deixará alguma marca permanente na humanidade? Você eu não sei, mas eu não quero gastar a minha vida em vão, perdendo tempo com as minhas vontades superficiais e banais. Eu quero ser diferente. Não vou viver a minha vida sem propósitos, seria como tentar apanhar o vento com as mãos, desperdício de tempo. E sabemos que o tempo não perdoa.

Eu ainda estou respirando, e vou fazer cada suspiro meu valer a pena. Não valer a pena da minha maneira, porque a minha maneira é muito rasa, muito pequena e limitada, mas de uma maneira profunda, que não venha dos meus denaveios pequeninos, incapazes de olhar além do meu próprio umbigo.

E o que é que existe no mundo de mais profundo, ilimitado e permanente? Apenas Deus.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Nem sempre é nublado


As pessoas chegam e se vão de nossas vidas constantemente. É bem verdade que, algumas delas, desejamos que nunca tivessem partido. Risos, choros, abraços, magoas..é o que nos fazem humanos, porém, o que nos torna peculiar, é a maneira que olhamos para tudo isso.
As pessoas que passam levam um pouco de nós e deixam um pouco de si mesmas. A questão é: Como é que nós olhamos para tudo isso? Isso é o que nos faz singular. Eu prefiro guardar tudo no relicário das minhas lembranças como se fosse uma gaveta. Vez ou outra, abro a gaveta para dar uma olhada nesses momentos e pessoas memoraveis que pela minha vida passaram. É verdade que, cada vez que eu abro essa gaveta, mais difícil ela se torna de ser fechada, por isso é importante que só venhamos a abri-la quando nos sentirmos preparados para fazer isso sem lágrimas. É bom fazer isso de vez enquando, porém, não se pode fazer disso um hábito, porque enquanto estamos revivendo em nossa memória aquelas lindas lembranças dentro da nossa gaveta particular, o tempo está passando lá fora e, o tempo que perdemos tentando reviver algo que jamais retornará, jamais será (re)acrescentado ao nosso pequeno e limitado calendário de existência.
A sua lembrança pode ser a mais linda que existe no mundo, mas você não pode se apegar a ela de maneira que ela te impeça de viver. A uma vida lá fora está nos esperando para viver intensamente o que há para se viver, porém, quando digo intensamente, não quero dizer viver fazendo o que tudo o que der vontade, isso é coisa de gente tola. Me refiro a viver em equilíbrio com a "razão" e o "coração". Agir com o coração, porém sem deixar de ser sensato, pois as nossas vontades nem sempre são boas, na verdade, na maioria das vezes elas nos causam encrenca, por isso é sempre bom pedir um auxílio divino, conselhos de Deus sempre são bem vindos e são os melhores, afinal, usando uma analogia, de que adianta o invento passar a sua existência toda se perguntando qual é o seu propósito? É tolice, já que o mesmo não se criou sozinho, é necessário pedir uma "mãozinha" para o inventor.
O brilho do sol está sempre após a janela, nós é que, muitas vezes, não queremos ou não nos dispomos a limpar a sujeira que nos impede de ver através dela. Na vida, é normal que muita "sujeira" deixe nossa janela impenetrável ao brilho do sol, porém, a sujeira não se limpa sozinha. O dia nem sempre é nublado, depende da maneira que você enxerga as coisas. Bom, apesar de adorar o cheiro das chuvas, metaforicamente, eu prefiro ver o brilho do sol.