quarta-feira, 23 de junho de 2010

Inversão de valores


Vivemos em um tempo onde as pessoas estão vivendo uma inversão de valores, talvez até mesmo a falta deles. Nossas prioridades foram invertidas, a intensidade naquilo que sentimos também. As pessoas estão amando as coisas, adorando as pessoas e gostando de Deus.

Aquilo que antes era considerado um valor, hoje é tido como antiquado, de-mo-dê. Vivemos na época em que o "ficar" é a tendência e casamento é considerado utopia. Em que o trabalho é mais importante que os filhos e qualquer coisa é só leva-los na terapia que resolve. E quando olho pra tudo isso me pergunto, será que ir na contra-mão do sistema é considerado rebeldia ou o sistema é quem se tornou rebelde?

Não deveríamos nos adaptar a essa realidade e nem considera-la normal. Não podemos ser meros ouvintes da mídia sem manifestar qualquer opinião, somos pensantes. A nossa cabeça não serve apenas para dividir nossas orelhas. Eu não quero me acostumar em ver famílias destruídas, não quero acreditar que divorcio é algo natural ou que é normal os filhos passarem pela fase da rebeldia e serem problemáticos. Isso não é normal e eu não vou considerar normal nunca.

Cada um decide o que é normal na sua realidade, cada um decide qual é ordem da sua lista de prioridades. Mas realmente me angustia em ver o quanto a inversão de valores tem se tornado comum. As pessoas estão amando as coisas, adorando as pessoas e gostando de Deus quando, na verdade, deveriam gostar das coisas, amar as pessoas e adorar a Deus.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Passageiro x Eterno


Enquanto mais eu tento entender as coisas da vida, mas eu me perco dentro dos meus pensamentos. O que eu pensava ontem, hoje não penso mais. E quem sabe amanhã eu posso pensar o avesso do que estou pensando agora. A verdade é que as coisas que vem do alto, são loucura para aqueles que tentam enxergar com olhos humanos. E enquanto mais entendo delas, menos compreendo das coisas terrenas. E se volto a entender das terrenas, acabo me complicando com as coisas do alto.

O fato é que as coisas terrenas são superficiais, vazias e tem prazo de validade. Eu prefiro muito mais entender as coisas que vem do alto, ou seja, as coisas que vem de Deus. Em outras palavras, melhor investir no eterno a investir no passageiro. No entanto, querer é diferente de fazer. E nem sempre é fácil fazer. Especialmente quando entender as coisas do alto significar a contraposição das nossas vontades e gostos.

Não existe sucesso sem renuncias. Não existe vida sem morte. É necessário decidir o que mais vale a pena se lutar. E, quando decidido for, disposição para abrir mão de tudo aquilo que for de encontro a tal objetivo. Se você tiver um sonho e não estiver disposto a morrer por ele, há grandes possibilidades de ele não se realizar. A questão é: Em quais sonhos devemos estar focados? Não podemos estar focados nos sonhos de Deus e nos nossos ao mesmo tempo, porque são contrastantes. É necessário decidir se iremos viver uma vida centralizada no nosso "eu" ou uma vida dedicada aos planos de Deus. E o que vale mais apena, o passageiro ou o eterno?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Meu pequeno raio de sol

Houve um tempo em que tudo era escuridão. Eu me sentia vivendo em um filme preto e branco dos anos quarenta. Em meio a um circo de atores de quinta, eu estava cansada de comer daquele pão.


Todos eram atores, senhoras e senhores, cheios de máscaras sem cores, sem verdadeiros amores, todo mundo era Audrey Hepburn ou James Dean.

Eu estava cansada de fingir, eu estava com preguiça das pessoas, eu estava entediada com aquela juventude clichê que considerava literatura qualquer frase tirada do msn de alguém e que tinha como referencial de vida a Lindsay Lohan. Eu havia perdido a fé nas pessoas. Mas a vida é imprevisível e, de repente, acontecem situações que nos fazem mudar tudo aquilo que se acreditava outrora. E ela sempre da um jeito de fazer com que o mundo inteiro despenque sobre a nossa cabeça quando se precisa aprender alguma coisa. E depois que aprendemos a lição ela da um jeito de desvirar o avesso, voltamos ao começo e se percebe que nem sempre é daquele jeito, e que não podemos generalizar tudo. E que nem todas as pessoas usam aquelas máscaras.

Em meio aquela escuridão permanente, de alguma maneira, eu vi um raio de sol entrando em minha janela.
Era daquele tipo de amiga que você só encontra uma vez na vida. Transparente, intensa e verdadeira. Daquelas que você acha que nunca vai merecer, mas mesmo assim ela te escolhe, só Deus sabe porque. E ela mudou tudo aquilo que eu pensava. A melhor amiga do mundo inteiro, poderia não ser perfeita, poderia não ser opinião unânime, mas, no meu mundo, era quem importava. É com quem eu quero viver os meus dias, escrever minha história, ser tia das futuras filhas e sentar na primeira fila do casamento. E dividir todos os momentos marcantes da vida, compartilhar alegrias e tristezas, passar tardes chuvosas tomando café e rindo sobre como a vida é maravilhosa. Meu pequeno raio de sol, de tão pequeno que era, foi determinante, para trazer de volta o brilho que eu tinha e, juntas, pudemos iluminar tudo o que estava a nossa volta. Certas pessoas nunca irão compreender, simplesmente porque, amizades verdadeiras, não acontecem por meios humanos, mas sempre tem uma pitada divina do nosso criador.