quinta-feira, 3 de julho de 2014

A religiosidade e o mundo, o mundo ou a Boa Nova.

Esqueceram a Palavra. Deu-se lugar a religiosidade. Começou a liturgia. Badalaram os sinos. Rezaram as frases repetidas. Respingaram a água. Ungiram a fotografia. Abriram a cartilha de regras. Recosturaram o véu. Tentaram salvar o perdido, mas o cego não pode guiar outro cego.

Aí o entendimento faltou. O ouvido fez que não ouviu. O coração se fechou. A mente entorpeceu. O mundo convidou. Os pés marcharam com o bloco. A estrada alargou. O juízo se perdeu. O jovem envelheceu. O tempo desperdiçou. O valor se esqueceu. A pureza sumiu. O prazer iludiu. A paixão feriu. A sanidade caiu. A confusão dominou. O orgulho cegou. O pecado roubou. E o vento levou o pouco que sobrou.

Então a memória recordou. A lágrima chorou. A esperança reacendeu. Um passo para trás. Uma clareira surgiu. A verdade buscou. A Boa Nova se ouviu. O livro abriu. O homem em si caiu. A ovelha ao pastor atendeu. O joelho dobrou. A prece subiu. O Senhor falou. A graça abraçou. O perdão cobriu. O entendimento surgiu. O ouvido ouviu. O coração abriu. A mente esclareceu. O mundo perdeu o encanto. Os pés marcharam em direção ao evangelho da paz. A estrada estreitou. O juízo se encontrou. O velho nasceu de novo. O tempo que ainda resta. O valor subverteu. A pureza despontou. O prazer se inverteu. A paixão amou. A sanidade enlouqueceu para o mundo. A confusão agora é outra. O orgulho quebrou. O pecado rejeitou. E o vento sopra para onde quer, não se sabe de onde vem, e nem para onde vai.