quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Serafim e o estopim


Em um reino muito distante

Mas muito ao nosso semelhante

Havia um Rei nobre de veste galante



Seu casamento estava marcado

Estavam todos convidados

O grande dia havia chegado



Lá vem a bela donzela

Mas o que será que aconteceu com ela?

O vestido branco de Jasmim, pasmem, era cor de carmim



Com um sorriso torto no rosto

O Rei não demonstrava desgosto

“O vestido é alvo como neve” fingiam todos



Tem alguma coisa errada

O pequeno Serafim pensava

E se levantou erguendo a fala



“O que está acontecendo?

Será que vocês não estão vendo?

Não é branco o vestido de Jasmim, é cor de carmim”



O povo todo ficou chocado

Será o garoto corajoso ou pirado?

Pois o Rei nobre fica louco se contrariado



Com os olhos ardendo em fúria

O Rei gritando justificava sua luxúria

"Sou ungido do Senhor, isso é uma injúria"



"Todos vocês convidados

Se realmente são meus aliados

Levem Serafim para ser enforcado"



Os guardas com grande euforia

Prenderam Serafim com alegria

A luz do dia ele nunca mais veria



Diante disso, o povo ficou indignado

E quem é servo leal não agüenta ficar calado

Nem pode ignorar a lei do livro sagrado



O dia agora se findava

A morte de Serafim o rei brindava

O nobre menino agora cor de carmim estava



Mal o rei louco sabia

Que a partir daquele dia

O povo agora desperto já não se calaria



Nobre menino Serafim

Honesto mesmo custando seu fim

Sem saber provocou o necessário estopim

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